segunda-feira, 19 de março de 2012

Poesia o medo e o relógio:livro rick e a girafa

Poesia:o medo e o relógio Carlos Drummond de Andrade
Irene quase chora                 
de ir embora
e sair rua afora

Marido gripado 
fica preucupado se 
atrasar mais uns 
dias perde o negócio

Dona Irene não tinha
opções,marido com
um pouco de gripe
tossindo...
negócio por água abaixo
Mas tivera que 
enfrentar a selva "selvaggia"
algum dia

Enquanto lembra
do rio da época de 60
repara que a um homem está
a seguindo,para
e corre até o ônibus

No ônibus com
aquele bolo de gente,
repara que seu relógio
foi roubado.Óh minha gente.
O pega ladrão é gritado,
mas não adianta ele já tinha
ido embora.

Irene chega em casa e diz ao marido
-Meu relógio quase foi roubado!
Ele diz que ela 
não estava de relógio
óh meu deus que ódio





sábado, 17 de março de 2012

Biografia de Carlos Drummond de Andrade

Nome completo:Carlos Drummond de Andrade
Data de nascimento:31/10/1902
Local de nascimento:Itabira do Mato Dentro-(MG)
Percurso do poeta -Itabira fatos marcantes
Onde viveu:Nasceu em Itabira,estudou na cidade de Belo Horizonte  e com os  jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo-(RJ)   
Poema sobre Itabira:  
                                 Confidência do Itabirano     

Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.

A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
é doce herança itabirana.

De Itabira trouxe prendas que ora te ofereço:
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa...

Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói
Belo Horizonte -fatos marcantes
1916-Aluno interno no Colégio Arnaldo,da Congregação do Verbo Divino,Belo  Horizonte.Por problemas de saúde,interrompe seus estudos no 2° ano do Ensino Médio.
Atuação como funcionário publico
Imprensa oficial:Em 1926 Drummond,muda outra  vez  para  Belo Horizonte,a fim de ser redator  chefe do    "Diário de Minas ".Em 1929,deixa o "Diário de Minas para ser auxiliar de redação  e depois redator no "Minas Gerais "(órgão oficial do governo).Em 1930,publica "Alguma Poesia",seu primeiro livro ,numa edição de 500 exemplares,e se torna redator de três jornais simultaneamente:o "Minas Gerais",o "Estado de Minas"e o "Diário da Tarde".
Criação da Revista:Em 1925 casa-se com Dolores Dutra de Morais e conclui o curso de farmácia em Ouro Preto mas não exerceu a profissão.No mesmo ano,funda com outros escritores "A Revista",que embora só tenha três edições,foi importante para a afirmação do movimento modernista mineiro.
Poema sobre praça da estação:

Carlos Drummond de Andrade

Duas vezes a conheci: antes e depois das rosas.                                                   


Era a mesma praça, com a mesma dignidade,
O mesmo recado para os forasteiros: esta cidade é uma
promessa de conhecimento, talvez de amor.
A segunda Estação, inaugurada por Epitácio,
O monumento de Starace, encomendado por Antônio Carlos
São feios? São belos?
São linhas de um rosto, marcas da vida.
A praça da entrada de Belo Horizonte,
Mesmo esquecida, mesmo abandonada pelos poderes públicos,
Conta pra gente uma história pioneira.
De homens antigos criando realidades novas.
É uma praça – forma de permanência no tempo.
E merece respeito.
Agora querem levar para lá o metrô de superfície.
Querem mascarar a memória urbana, alma da cidade
Num de seus pontos sensíveis e visíveis.
Esvoaça crocitante sobre a praça da Estação
O Metrobel decibel a granel sem quartel
Planejadores oficiais insistem em fazer de Belo Horizonte
Linda, linda, linda de embalar saudade
Mais uma triste anticidade
Rio de Janeiro-fatos marcantes
Vida e poesia: Em 1934,muda-se com D.Dolores e Maria Julieta,sua filha,para o Rio de Janeiro ,onde passa a trabalhar como chefe de gabinete de Gustavo Capanema,novo Ministro de Educação e saúde publica.Já em 1940 publica "Sentimento do Mundo" em tiragem de 150 exemplares,distribuídos entre amigos.Em 1942 a Livraria José Olympio Editora publica "Poesias",o editor José Olympio é o primeiro a se interessar pela obra do poeta.Em 1943 Carlos traduz e publica a obra de François Mauriac,sob o titulo de "Uma gota de veneno".
Morte e homenagens:No dia 31/01/1987 Carlos escreve seu ultimo  poema,"Elegia a um tucano morto'que passa a integrar "Farewell",último livro organizado pelo poeta..Carlos é homenageado pela escola de samba Estação Primeira de Mangueira,com o samba-enredo "No reino das palavras".No dia 5 de  agosto ,depois de 2 meses de internação ,falece sua filha Maria Julieta,vítima de câncer.12 Dias depois da morte de Julieta falece o poeta por problemas cardíacos e é enterrado no mesmo túmulo que a filha